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DF tem 200 áreas de risco no período chuvoso, aponta Defesa Civil

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Defesa Civil orienta população sobre possibilidades de alagamento – (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

DF tem 200 áreas de risco no período chuvoso, aponta Defesa Civil

Ao Correio, o tenente-coronel José Genilson dos Santos, da Subsecretaria do Sistema de Defesa Civil, conta como atuam as equipes multidisciplinares na prevenção e na gestão de desastres provocados pelas chuvas no DF

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Dezessete órgãos do governo e as 35 administrações regionais trabalham para alinhar medidas preventivas e de pronta resposta às possíveis ocorrências de desastres na época de chuvas. No último relatório do Serviço Geológico Brasileiro, feito ano passado, com a colaboração da Coordenação de Gestão de Riscos de Desastres (SSP-DF), foram mapeados 22 pontos de risco no Distrito Federal.

Em entrevista ao Correio, o tenente-coronel José Genilson dos Santos, coordenador de Gestão de Risco de Desastres, da Subsecretaria do Sistema de Defesa Civil (Sudec), que é vinculada à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), comentou sobre o assunto.

Onde ficam os pontos de maior risco no DF?

Os pontos estão situados nas regiões administrativas de Arniqueira, Fercal, Núcleo Bandeirante, Vicente Pires, Planaltina, Riacho Fundo I, Sobradinho II e Sol Nascente e Pôr do Sol. O relatório é entregue à Secretaria de Governo do Distrito Federal para orientar os trabalhos das equipes técnicas. A Defesa Civil iniciou novas visitas aos locais catalogados para verificar a evolução, reclassificar o grau de risco e identificar possíveis novas áreas. O trabalho é realizado em parceria com as administrações regionais. Após concluído, será possível obter o panorama atual, a poligonal das residências em risco e a estimativa populacional para que sejam tomadas as ações de mitigação. 

Como é a atuação com as populações das regiões de risco?

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A Defesa Civil atua executando ações preventivas, de socorro, assistenciais e recuperativas, destinadas a evitar ou minimizar desastres, apoiando as ações dos órgãos de emergência, que realizam as primeiras intervenções.

Qual é o efetivo total da Defesa Civil e como ele é distribuído?

Como é o diálogo com outras áreas da Segurança Pública?

Além da SSP-DF, todos os órgãos do GDF com competência nos assuntos abordados no mapeamento e até mesmo empresas privadas trabalham em conjunto. São diversos grupos de trabalho para tratar das situações. Os principais órgãos que participam são as administrações regionais, secretarias de Cidades, Obras e Desenvolvimento Social, Novacap e as forças de segurança.

Há alguma ação pontual em andamento para lidar com essas áreas? Se sim, como funcionará?

As áreas são mapeadas e o acompanhamento da evolução dos riscos é feito anualmente. Além disso existe o grupo interinstitucional para o enfrentamento de situações de emergência, em razão do período de chuvas ou de acidentes naturais.

Qual verba foi destinada à Defesa Civil em 2023? Isso é suficiente para custear o cuidado com essas áreas de risco?

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Não há recursos específicos na Defesa Civil para prevenção das áreas de risco. As situações são analisadas e as informações são repassadas para os órgãos responsáveis. Cada um deles, dentro de suas competências e com recursos próprios, realizem as ações necessárias para mitigação dos riscos encontrados.

Que mensagem deixa para pessoas que ainda estão em áreas de risco?

A Sudec faz o monitoramento de áreas de risco do Distrito Federal, principalmente no período de chuvas, a fim de verificar ameaças e vulnerabilidades geotécnicas, estruturais e ambientais. São monitoradas locais que tenham declive acentuado, erosões, que sejam próximos a córregos e demais cursos d’água, com precariedade de sistemas de drenagem de águas pluviais e ou de saneamento básico, que tenham fragilidades construtivas das edificações, que apresentem acúmulo de resíduos sólidos, como entulho e restos de obras, entre outros problemas. A Defesa Civil orienta as pessoas a sair imediatamente desse local de risco, caso percebam que as edificações possam ser afetadas, avisando o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193, e a Defesa Civil, pelo 199. Também é importante enviar o CEP do local onde mora para o número 40199 para que seja possível receber alertas de chuvas para a região cadastrada.

*Estagiário sob a supervisão de Patrick Selvatti

Fonte: Correio Brasiliense

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