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BRB na berlinda: o tabuleiro político e financeiro de Brasília vira de vez

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Operação com banco falido, interferência da CVM e queda iminente de Paulo Henrique Costa revelam os bastidores explosivos do poder no DF

A semana começou fervorosa com a notícia de que o Banco Regional de Brasília (BRB) havia adquirido 58% das ações do banco Master, que estava falido, de acordo com o mercado. A jogada do “rei” teve o intuito de aproveitar a repercussão, contando com o avanço das ações na B3. Nesta segunda-feira, o mercado registrou um aumento de 90% nas ações do BRB.

O presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, sabe que está rifado, e sua gestão temerária — já reconhecida pelo Banco Central — corre o risco de levá-lo à cadeia, mantendo a tradição dos presidentes anteriores da instituição bancária de Brasília. Paulo Henrique já tem convicção de que não fará parte da equipe de um eventual governo Celina Leão, por isso tenta a todo custo tapar o buraco do queijo suíço em que se transformou o BRB.

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O Banco Central já “canetou” contra Paulo Henrique, deixando-o inabilitado. Agora, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) vai investigar com lupa quem se beneficiou com a compra das ações na baixa. Paulo Henrique tentou, nos últimos dois meses, uma manobra para transformar o BRB num banco cuja estrutura se assemelhasse à do BC, com o presidente tendo mandato de quatro anos. Contudo, a manobra foi descoberta e denunciada pelo Fatos Online.

A sórdida operação com o Banco Master fez vir à tona o pior do banco, pois, de acordo com especialistas e também políticos de oposição, o Master possui ativos apodrecidos, precatórios exorbitantes e de difícil recebimento, sem falar dos CDBs com taxas de juros muito acima das praticadas pelo mercado.

A rocambolesca história, na realidade, é mais uma vez o dinheiro público sendo usado para salvar banqueiros à beira da bancarrota. Vale lembrar as falências dos bancos Nacional e Banco de Santos. Não se pode esquecer que a ex-ministra de Bolsonaro e ex-mulher de José Roberto Arruda, atual Flávia Peres, é casada com o banqueiro sócio do Banco Master e ocupa uma função estratégica na direção do banco.

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Pelo andamento desta operação, Paulo Henrique com certeza tem o nome costurado na boca do sapo e, se depender de Celina Leão, sairá do BRB pela porta dos fundos — ou até mesmo num camburão.

Fonte: Fatos OnLine

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