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Falta no trabalho para comparecer à escola do filho pode ser abonada

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Projeto de lei visa dar ao empregado um dia de ausência justificada a cada seis meses, para comparecer ao colégio do filho de até 14 anos

Diogo Albuquerque*
Francisco Garcia enfrenta dificuldade para comparecer às reuniões da escola dos filhos – (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

O Projeto de Lei 143/2023 (PL 143/2023), de autoria do deputado Rubens Otoni (PT/GO), prevê o direito do empregado ausentar-se do trabalho por um dia a cada seis meses, sem prejuízo do salário, para comparecer à escola de filhos com até 14 anos de idade. O projeto foi apresentado pelo deputado petista em 2 de fevereiro de 2023 e tramita na Câmara dos Deputados.

A medida não implicará prejuízo salarial ao empregado e, se aprovada, se juntará a outras ausências autorizadas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), como nascimento de filho, doação de sangue, alistamento militar, acompanhar filho de até seis anos em consulta médica etc.

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Em justificativa ao PL, o deputado Rubens Otoni afirma que é mais do que reconhecida a importância da participação dos pais na vida escolar dos filhos, uma vez que a educação é um direito fundamental previsto pela Constituição Federal. Para o deputado, possibilitar aos pais acompanhar a vida escolar dos filhos reflete diretamente na melhora do desenvolvimento educacional das crianças. “É importante que os pais tenham um dia para conversar com o professor ou participar de atividades pedagógicas”, destaca.

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Otoni espera que a medida seja aceita pelos empregadores, uma vez que a tendência é a humanização das relações trabalhistas. “Em um ambiente mais humanizado, há um resultado mais efetivo do trabalho, então as empresas também saem ganhando com a implementação desse projeto”, explica.

O presidente da Associação de Pais e Alunos das Instituições de Ensino do Distrito Federal (ASPA-DF), Alexandre Veloso, 45, avalia que o projeto de lei é necessário para mostrar à sociedade a importância dos pais assumirem a responsabilidade dos filhos. “A medida faz com que os pais deixem de delegar a responsabilidade pelos filhos a terceiros e assumam um papel mais ativo na vida escolar deles”, frisa.

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Para o diretor executivo da Associação de Desenvolvimento da Família, Rodolfo Canônico, 36, o projeto poderá ajudar a reduzir a evasão escolar, se aliado a um maior envolvimento familiar na vida do aluno. “Na medida em que contribui para a redução da evasão escolar, o projeto também melhora o aprendizado da criança. As escolas precisam também instituir atividades e dias para acompanhamento pedagógico”, reforça Canônico.

 Deputado Rubens Otoni, autor da proposição
Deputado Rubens Otoni, autor da proposição(foto: Câmara dos Deputados)

Para o pedagogo e servidor público Francisco Augusto Garcia, estar presente na vida escolar dos filhos é uma dificuldade. Pai de quatro filhos — dos quais três frequentam a escola regularmente —, Francisco conta que precisa negociar com a esposa para conseguir comparecer às reuniões escolares. “A maioria dos pais não consegue comparecer porque essas reuniões acontecem ou no horário de expediente ou de noite”, argumenta.

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Garcia destaca que projetos como esse são importantes para fortalecer o vínculo familiar e estabelecer uma perspectiva de família. “A rotina dos pais muitas vezes faz com que o ambiente familiar seja afetado. Muitos não sabem o que a criança está aprendendo. Por isso, essas políticas são fundamentais para fortalecer essa perspectiva da família”, diz. Para Francisco, o ideal seria um dia a cada bimestre ou conforme a convocação da escola.

Ainda na justificativa da proposta, o deputado Rubens Otoni destaca que o período de ausência de um dia a cada seis meses de trabalho será concedida apenas para pais com filhos de idade máxima de 14 anos, para fazer coincidir com a idade média do ensino fundamental. Caso os pais não sejam presentes ou falecidos, o responsável legal será contemplado pela proposta.

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Embora não especifique uma data exata para a votação do projeto, o deputado disse estar empenhado para que seja aprovado ao longo deste ano. A proposta ainda será encaminhada para análise das Comissões Permanentes da Câmara.

*Estagiário sob a supervisão de Ana Sá

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SINATRAN-DF emite Nota de Repúdio e Solidariedade

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O Sindicato dos Agentes de Trânsito do Distrito Federal (SINATRAN/DF) manifesta sua profunda indignação e repúdio ao brutal assassinato do agente de trânsito José Domingos da Silva, da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de São Paulo, ocorrido no último dia 13 enquanto ele exercia sua função. Este ato de violência covarde não atinge apenas a vítima e seus familiares, mas toda a categoria, que diariamente enfrenta riscos para garantir a segurança viária e a ordem no trânsito.
É inadmissível que agentes de trânsito, profissionais essenciais para a mobilidade urbana e a prevenção de acidentes, sejam alvos de agressões e crimes durante o cumprimento de seu dever. A crescente violência contra esses trabalhadores exige respostas urgentes e eficazes das autoridades, com medidas concretas para garantir sua segurança e punir os responsáveis por tais atos.
Diante dessa perda irreparável, o SINATRAN/DF cobra providências rigorosas e reafirma seu compromisso com a defesa da categoria, exigindo condições de trabalho mais seguras para todos os agentes de trânsito do país. Não podemos permitir que o medo e a impunidade se tornem a regra.
Expressamos nossa total solidariedade à família, amigos e colegas de José Domingos da Silva, compartilhando a dor dessa tragédia e reforçando nosso compromisso na luta por justiça e pela valorização desses profissionais.
SINATRAN/DF
S I N D I C A T O D O S A G E N T E S D E
T R Â N S I T O D O D I S T R I T O F E D E R A L
NOTA DE REPÚDIO E SOLIDARIEDADE
Brasília, 15 de março de 2025.

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