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Saúde mental de policiais penais é tema de PL aprovado pela CAS

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Saúde mental de policiais penais é tema de PL aprovado pela CAS

Colegiado aprovou também propostas na área da saúde, educação e prevenção ao assédio
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A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou, nesta terça-feira (19), o projeto de lei nº 386/2019, de autoria do ex-deputado Reginaldo Sardinha, que “institui o direito à saúde mental” para os agentes penitenciários do Distrito Federal. A proposta visa garantir assistência integral a esses profissionais, incluindo acesso a tratamentos psicológicos e psiquiátricos, além de ações preventivas para minimizar os impactos do trabalho no sistema prisional.

O projeto prevê que os agentes terão direito a tratamento humanizado, sigilo nas informações médicas, acesso a serviços comunitários de saúde mental e suporte contínuo para reinserção social em casos de transtornos mentais. O texto afirma que a categoria enfrenta “altos níveis de estresse, exaustão emocional e risco de doenças psicológicas, devido às condições adversas do ambiente carcerário”, o que justifica a adoção da medida.

“Os problemas de saúde decorrentes das condições de confinamento não têm sido objeto de ações de saúde de forma integral e efetiva. Surge, assim, um problema muito grave: os danos à saúde mental”, afirmou Sardinha quando apresentou o projeto.

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A proposta também estabelece diretrizes para a internação psiquiátrica dos agentes, que só poderá ocorrer mediante laudo médico circunstanciado, e prevê que transtornos mentais decorrentes do trabalho sejam reconhecidos como doenças ocupacionais, garantindo licença médica e até aposentadoria por invalidez permanente, quando necessário. Além disso, determina a participação de sindicatos e entidades representativas no planejamento e fiscalização das políticas de saúde mental.

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Pós-graduação

A comissão aprovou também projeto de lei nº 247/2023, de autoria do deputado Gabriel Magno (PT), que institui a Política Distrital de Residência Uni e Multiprofissional em Saúde. A proposta estabelece diretrizes para programas de pós-graduação na área da saúde, voltados à formação de especialistas por meio da integração entre ensino, serviço e comunidade no Sistema Único de Saúde (SUS).

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“Esta formação tem por objetivo qualificar os futuros trabalhadores do SUS e contribuir com a qualificação da rede na oferta e na resolubilidade das estratégias de saúde”, defende o parlamentar.

O projeto prevê que os programas sejam desenvolvidos por instituições públicas ou privadas conveniadas com o governo, abrangendo diversas áreas da saúde, como enfermagem, fisioterapia, odontologia, psicologia e serviço social. Além disso, a proposta assegura auxílio-moradia para os residentes, financiamento de bolsas para tutores e coordenadores, e incentivos para a fixação de profissionais em regiões prioritárias do DF. Também há previsão de participação de residentes no controle social do SUS e de valorização do título de residência em concursos públicos.

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Demais projetos aprovados

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O PL nº 1155/2024, do deputado Wellington Luiz (MDB), cria banco de currículos para mulheres em condições de vulnerabilidade social e o incentivo à contratação destas mulheres por empresas no DF. “Sabemos que as mulheres em situação de vulnerabilidade social e econômica enfrentam maiores dificuldades para conseguir emprego, e que muitas vezes acabam se sujeitando a trabalhos informais e precários, o que agrava ainda mais sua situação de vulnerabilidade”, pontua o distrital.

Por fim, de iniciativa da deputada Paula Belmonte (cidadania), o PL nº 830/2023 estabelece protocolos de prevenção e combate ao assedio e abuso infantil em clubes formadores e academias esportivas. Dentre outras medidas, a iniciativa prevê clubes formadores e academias esportivas deverão designar um responsável pelo cumprimento do protocolo de prevenção e combate ao abuso infantil. O profissional deverá ser capacitado e terá como responsabilidade coordenar as ações preventivas e corretivas.

“É de extrema importância para garantir a segurança e proteção dos jovens que participam dessas atividades que são fundamentais para seu crescimento e desenvolvimento”, defendeu a distrital.

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A comissão teve a participação dos deputados Rogério Morro da Cruz (PRD), Max Maciel (Psol) e Martins Machado (Republicanos). Confira todas as matérias aprovadas  por meio do link do YouTube da Casa.



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Tarifa Zero no transporte público do DF é defendida na Câmara Legislativa

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Tarifa Zero no transporte público do DF é defendida na Câmara Legislativa

Comissão apresentou esboço de projeto de lei de gratuidade universal durante seminário nesta sexta-feira (25)
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A implementação de gratuidade irrestrita no transporte público do Distrito Federal foi discutida na Câmara Legislativa nesta sexta-feira (25), durante seminário sobre o tema. O impacto social e a viabilidade financeira da medida foram os principais tópicos debatidos pelos participantes. A Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana (CTMU) promoveu o evento, no qual apresentou minuta de projeto de lei, desenvolvido pela subcomissão Tarifa Zero.

O presidente da CTMU, deputado Max Maciel (PSOL), informou que a subcomissão fez um estudo sobre o impacto financeiro da tarifa zero. “O que custa hoje R$ 1,8 bilhão passaria a custar R$ 4 bilhões. Quatro bilhões é muito dinheiro. Mas o Distrito Federal dá R$ 9 bilhões de isenção [de impostos] a empresas”, comparou Maciel. Para ele, é importante reavaliar as prioridades orçamentárias e os custos com a construção de viadutos, túneis e outras estruturas focadas no transporte individual.

 

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Foto: Ângelo Pignaton/ Agência CLDF

 

O projeto de lei prevê a implementação progressiva da tarifa zero, priorizando regiões mais vulneráveis; a ampliação e fortalecimento das gratuidades já existentes; a criação de conselhos populares para fiscalização e avaliação do serviço, entre outras ações. A proposta também indica diversas fontes de custeio, tais como multas de trânsito e publicidade nos ônibus, terminais e pontos de parada, entre outros espaços. O projeto, que está em fase de desenvolvimento, foi apresentado pela secretária da comissão, Fernanda Azevedo.

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“Com base nos dados da própria Semob [Secretaria de Mobilidade do DF], nós já sabemos que o transporte público é fortemente subsidiado. Nós já financiamos mais de 70% do transporte público. O problema é que o acesso ainda está condicionado à capacidade individual de cada pessoa pagar a tarifa. O que nós precisamos é reorganizar esse gasto para fazer com que o transporte realmente seja um direito, seja para todos, e em quantidade suficiente. Portanto, a nossa proposta é romper com essa contradição que atualmente está estruturando o sistema”, argumentou a secretária.

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Foto: Ângelo Pignaton/ Agência CLDF

 

Revisão dos contratos com empresas de ônibus

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A maioria dos especialistas convidados defendeu o fim da remuneração de empresas de ônibus com base no número de passageiros. Eles consideram mais adequado o contrato com base no custo do serviço, em relação a número de viagens/quilômetros rodados, em vez de número de usuários. “O custo operacional dessas viagens vai variar muito pouco se está carregando 10 ou 60 pessoas”, apontou o professor Paulo César Silva, da Faculdade de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasília. “O poder contratante do serviço precisa garantir que essas viagens sejam realizadas em número adequado para que as pessoas usufruam do direito a circulação com uma qualidade definida”, afirmou Silva. Ele defende que a taxa de ocupação dos veículos seja o parâmetro de qualidade do transporte, e o custo do serviço seja o parâmetro de remuneração.

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O cientista político Giancarlo Gama estudou, em dissertação de mestrado, mais de 100 contratos de tarifa zero no Brasil. “Noventa por cento das cidades gasta menos de 2% do orçamento com a tarifa zero. E grande maioria gasta menos de 1%”, identificou o especialista. Ao analisar a verba das prefeituras como um todo, ele observou que os gastos com coleta e transporte de resíduos ficam em torno de 2,33%. “As cidades gastam mais transportando lixo do que pessoas”, comparou. 

O seminário completo pode ser assistido no canal do Youtube da TV Câmara Distrital.

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