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CLDF / POLÍTICOS DO DF

Câmara celebra os 49 anos do Hospital Regional de Taguatinga

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Foto: Wilter Moreira\CLDF

O deputado Jorge Vianna, autor da sessão solene, homenageou com moções de louvor cerca de 500 servidores do HRT

A Câmara Legislativa realizou sessão solene nesta segunda-feira (27) em comemoração ao 49º aniversário do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), completados no dia 21. O deputado Jorge Vianna (PSD), proponente do evento que ocorreu no auditório da instituição, destacou a relevância do maior hospital da rede do Distrito Federal, parabenizou os servidores e se comprometeu a enviar mais recursos por meio emendas parlamentares:  “Nunca um deputado distrital mandou tanto dinheiro para a saúde como mandei no mandato passado. Foram R$ 38 milhões. 70% de tudo que tenho direito eu coloquei na Saúde. Eu sei que realmente precisa”.

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Jorge Vianna também defendeu a realização de concursos públicos para o HRT, destacando o déficit de técnicos em enfermagem, e criticou a “burocracia da Secretaria de Saúde” que, segundo ele, dificulta destinação de emendas para compra de equipamentos e reforma. O distrital entregou moções de louvor para profissionais do HRT presentes, em reconhecimento aos “relevantes serviços prestado à população do DF”. Ao todo, ele homenageou com o título cerca de 500 servidores.

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Para o presidente do conselho regional de enfermagem do DF, Elissandro Noronha, o HRT, por ser antigo, precisa de melhorias. “Há muito tempo que temos pedidos para reforma, que foi feita no pronto-socorro, mas ainda precisa de outras reformas, como no laboratório, no centro cirúrgico, maternidade, radiologia, então é um desafio”. Segundo ele, a principal qualidade do hospital é o “capital humano”. O diretor do HRT, José Alberto, disse que, pela primeira vez, a instituição é dirigida pelos próprios servidores.

A gerente de Enfermagem do hospital, Maria das Graças, também destacou o “déficit de DRH muito grande” e defendeu concurso público “para que a gente possa melhorar o atendimento”. Também se comprometeu com a melhoria do repouso e se colocou à disposição para atender as demandas dos servidores do hospital.

A servidora mais antiga do HRT, Vânia Pessoa, agradeceu a homenagem a Jorge Vianna e aos colegas. Ele relembrou sua trajetória, destacando o que mais a marcou nos seus 47 anos de serviço na instituição. “A gente ver uma criança morrer por falta de um atendimento adequado. Isso não é de agora, vem lá de trás. Marca a gente, mas a gente vai seguindo”, relatou.

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O presidente do Conselho de Radiologia de Brasília, Valcir dos Santos, reivindicou a compra de um novo tomógrafo, pois o do hospital, segundo ele, já tem mais de 20 anos de uso. De acordo com ele, a unidade de radiologia realiza em média 7.500 exames por mês e, embora tenha recebido cinco equipamentos novos, não foi contemplada com servidores para operá-los. “Estamos com déficit de oito profissionais lá”, afirmou.

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O diretor do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do DF, Newton Batista, parabenizou a gestão do HRT pela reforma da UTI, mas cobrou melhorias para o repouso dos servidores: “Nada mais justo do que a estrutura do hospital favorecer a todos os profissionais”.

Usuário do HRT e representante do Conselho Regional de Saúde de Taguatinga, Ronaldo Segiaro de Almeida relatou que, ao longo da sua história, o hospital já esteve várias vezes na UTI. “Nós amamos o que temos aqui. Tudo que nós do Conselho de Saúde de Taguatinga desejamos é o que o HRT seja tratado com o respeito e com o carinho que ele merece”.

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Mario Espinheira – Agência CLDF

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CLDF / POLÍTICOS DO DF

GDF executou menos de um terço da dotação mínima legal do Fundo da Criança de 2021 a 2024

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GDF executou menos de um terço da dotação mínima legal do Fundo da Criança de 2021 a 2024

Estudo sobre a execução do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente reforça críticas apresentadas em comissão geral na CLDF
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A Constituição Federal do Brasil confere “prioridade absoluta” às crianças e adolescentes. Essa prerrogativa não tem se refletido, contudo, na execução dos recursos do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal (FDCA/DF). É o que avaliam os especialistas, conselheiros de direitos, militantes e representantes do Judiciário que participaram de comissão geral, nesta quinta-feira (15/05), no plenário da Câmara Legislativa.

A discussão foi proposta pelo deputado Rogério Morro da Cruz (PRD), presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) da CLDF, com o intuito de avaliar a execução orçamentária do FDCA e seus impactos na implementação de políticas públicas voltadas para a infância e a adolescência. 

“Futuros brilhantes são comprometidos pela falta de oportunidades e pela exposição à violência. O Fundo existe, exatamente, para enfrentar essa realidade”, afirmou Morro da Cruz. “Não podemos nos contentar com sua mera existência no papel, precisamos aprimorar sua capacidade de alcançar quem mais precisa, especialmente nas regiões mais carentes do DF”, completou o distrital, ressaltando que a Lei Orgânica do DF estabelece a destinação mínima de 0,3% da Receita Tributária Líquida do DF para o FDCA.

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Foto: Carolina Curi/ Agência CLDF

Raio-X da execução orçamentária

Estudo realizado pela Unidade de Acompanhamento e Gestão de Informações Orçamentárias, Contas Públicas e Gestão Fiscal (UCO), da Consultoria Técnico-Legislativa da Casa (Conofis), analisou a execução do Fundo entre os anos de 2021 e 2024. Conforme sintetizou a consultora técnico-legislativa Brenda Giordani Fagundes: “O fato de a gente ter uma dotação orçamentária não quer dizer que ela será executada. O percentual de execução do FDCA é, frequentemente, baixo”.

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Em relação ao cumprimento da dotação mínima legal, o estudo demonstra que a dotação autorizada superou a mínima de 2021 a 2023. Já em 2024, a dotação autorizada (R$ 49,1 milhões) ficou R$ 17 milhões abaixo da dotação mínima legal (R$ 66,1 milhões), o que configura descumprimento da Lei Orgânica.

“Ao olharmos a prestação de contas do governo de 2021 a 2023, percebemos que houve suplementação na segunda quinzena de dezembro, justamente para atender a legislação, para atender o mínimo exigido”, apontou Fagundes.

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Dados levantados pela Consultoria Técnico-Legislativa da CLDF revelam ainda que, mesmo que a LODF tenha sido cumprida nos três primeiros anos da análise, a execução das despesas do Fundo não chegou a um terço da dotação mínima legal em todo o período avaliado. O percentual de execução da dotação mínima atingiu 25,3% em 2021; 32,4% em 2022; 20% em 2023, e 29,8% em 2024.

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Foto: Carolina Curi/ Agência CLDF

 

Prioridade absoluta?

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Esses números não surpreendem aqueles que atuam na ponta e que, há anos, cobram o empenho dos recursos financeiros disponíveis. “As dificuldades para a execução do FDCA decorrem da invisibilidade que, até hoje, as crianças sofrem”, avaliou a promotora de Justiça Rosana Maria Queiroz Viegas Pinho e Carvalho, da Promotoria de Defesa da Infância e da Juventude do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT).

“Vou ousar falar: enfrentamos uma questão política também. A baixa execução do Fundo está relacionada a uma ausência de vontade política do GDF, praticamente histórica”, argumentou a promotora. E acrescentou: “Tivemos um retrocesso com a extinção da Secretaria da Criança e do Adolescente. Cadê a prioridade absoluta?”. Ela ainda lamentou a ausência, na comissão geral desta tarde, de representantes da Secretaria de Justiça e Cidadania do DF, pasta responsável pelo FDCA.

O deputado Fábio Felix (PSOL) reforçou a “importância histórica” do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente e considerou que a baixa execução dos recursos “é um sintoma grave da falta de priorização de políticas públicas nessa área”.

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Dificuldades estruturais

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O presidente do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal (CDCA/DF), Eduardo Chaves da Silva, falou da responsabilidade de estar à frente do colegiado, o qual deve, entre outras atribuições, fixar critérios de utilização e planos de aplicação do FDCA.

O conselheiro elencou uma série de “dificuldades estruturais” enfrentadas pelo CDCA, como o déficit de servidores que trabalham no Fundo da Criança, leis desatualizadas etc. “A sociedade ainda não abraçou a pauta da infância, há pouco incentivo para o servidor atuar na área”, destacou. Ele defendeu a revisão da legislação que prevê 13 servidores no Conselho: “Precisamos de, pelo menos, 25 para gerir este Fundo”.

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Foto: Carolina Curi/ Agência CLDF

Demandas

Representantes de instituições privadas sem fins lucrativos que desenvolvem projetos para infância e adolescência cobraram a execução de mais recursos, bem como a abertura de editais para a seleção de iniciativas a serem financiadas pelo Fundo. Muitos cobraram a qualificação de servidores para atuarem na área e mais participação social.

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Andrey Nascimento, estagiário do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), reclamou da ausência de crianças e adolescentes no debate de hoje e cobrou a implementação de mais mecanismos de participação juvenil no governo. “Depois de tanta luta, o DF ainda está atrás em participação efetiva”, lamentou.

Por sua vez, a chefe da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Debora de Albuquerque Couto, questionou a possibilidade de utilizar recursos do Fundo para a construção de sede da DPCA – fora dos departamentos de polícia. Em sua opinião, isso poderia ajudar a “humanizar” os atendimentos. De acordo com a delegada, apenas este ano, foram instaurados 205 procedimentos, o que equivale a 41 por mês e a mais de um por dia para ser apurado. 

Leia, na íntegra, o estudo técnico sobre a execução do FDCA

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