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POLÍTICA DO BRASIL

Grupo pela democracia anunciado pela gestão Lula patina após quase 2 meses

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Isso acontecerá apenas no fim deste mês, quando também será anunciado o cronograma dos trabalhos do grupo

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

José Marques

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Quase dois meses depois de ser anunciada com destaque na posse do advogado-geral da União, Jorge Messias, o início dos trabalhos da Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia é incerto, não tendo nem ainda começado as discussões do grupo que contribuirá para regulamentar a unidade.

Isso acontecerá apenas no fim deste mês, quando também será anunciado o cronograma dos trabalhos do grupo.

A futura Procuradoria tem como principal objetivo atuar em nome da União em demandas de resposta e enfrentamento a desinformações sobre políticas públicas.

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Ao discursar sobre o tema na posse, Messias disse que ela iria “contribuir com os esforços de democracia defensiva e promover pronta resposta a medidas de desinformação e atentados à eficácia das políticas públicas”.

Sua criação, porém, virou alvo de críticas de parlamentares de oposição, que a viram como um aparato do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para promover patrulhamento e censura.

À época, a AGU (Advocacia-Geral da União) reagiu e disse que “sob nenhuma hipótese” cerceará “opiniões, críticas ou atuará contrariamente às liberdades públicas consagradas na Constituição”. Foi anunciado que o modelo da Procuradoria passará por escrutínio de estudiosos, de associações e do público.

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O grupo de trabalho que fará essas discussões e auxiliará na elaboração da regulamentação da Procuradoria, com integrantes da sociedade civil e dos poderes públicos, foi oficializado em 20 de janeiro.
“A criação do grupo concretiza o compromisso da AGU de promover um amplo debate sobre as atribuições e funcionamento da Procuradoria”, disse o órgão, à época.

Desse grupo, participarão indicados da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), de associações de magistrados, de jornalistas e de integrantes do Ministério Público, além de acadêmicos de áreas relacionadas ao direito, à liberdade de expressão e à tecnologia.

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A primeira reunião, porém, só acontecerá na manhã do próximo dia 28, quando a coordenação pretende divulgar o calendário de trabalho dos integrantes.

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O grupo será dividido em três subgrupos temáticos, chamados Democracia, Integridade da Ação Pública e Legitimação dos Poderes; Democracia e Representação de Agentes Públicos e Democracia, Desinformação e Políticas Públicas.

A partir de então, as datas previstas são incertas. “Ainda não há definição sobre a data de publicação da minuta de regulamentação”, diz a AGU, em nota, ao ser procurada pela reportagem.

Essa minuta será publicada ao fim dos trabalhos do grupo e ficará aberta ao público no site da AGU para consulta pública. Após essa consulta, voltará para avaliação de Jorge Messias.

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“A equipe da Procuradoria-Geral da União, área à qual a nova Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia está vinculada, trabalha para que a normatização do funcionamento da unidade se dê no menor prazo possível”, afirma a nota.

“No entanto, há a compreensão de que a regulamentação deve ser feita com critério e no tempo necessário para que reflita da melhor forma as contribuições que receberá no âmbito do Grupo de Trabalho (GT) constituído para esse fim.”

Desde o dia 8 de janeiro, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) depredaram as sedes dos três Poderes em um ato golpista, a AGU tem concentrado os trabalhos nas ações que pretendem responsabilizar civilmente os suspeitos e recuperar o prejuízo financeiro causado à União.

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Inclusive, o futuro chefe da Procuradoria de Defesa da Democracia deve ser o mesmo integrante da AGU que assina as ações contra os golpistas, o atual procurador-geral da União, Marcelo Eugenio Feitosa Almeida.

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Uma das entidades procuradas para compor grupo de trabalho é a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo).

Para a presidente da entidade, Katia Brembatti, o convite é “um avanço essas aberturas de negociação e de diálogo com o governo”, que, segundo ela, não existiam na gestão Bolsonaro. “Quando nos procuraram perguntando se a gente podia fazer parte, discutimos na diretoria e aceitamos porque a gente entende que participar do processo, contribuir e contestar é muito mais importante do que só reclamar da obra pronta”, afirma.

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Ela diz que, na ocasião, pretende compartilhar um pouco da experiência da associação no combate à desinformação, mas deixará claro que a entidade “tem uma preocupação de como será o combate à desinformação por um órgão público”.

A AGU, que é o órgão responsável por fazer a representação judicial do governo, tem dito que a atuação da nova Procuradoria será baseada em precedentes de tribunais, sobretudo do Supremo, e na atuação das agências de checagem de informações falsas.

O TSE tem desde 2019 um programa de combate à desinformação, que no ano passado contava com 154 parceiros, entre entidades públicas e privadas e até redes sociais e plataformas digitais, além de agências de checagem.

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Junto à Justiça Eleitoral, esses parceiros monitoram notícias falsas, que são coletadas e, a depender da gravidade, encaminhadas ao Ministério Público Eleitoral e às demais autoridades para medidas legais.

No ano passado, porém, algumas medidas de combate à desinformação do TSE levantaram preocupação das empresas de tecnologia e de advogados eleitorais.

Fonte: Jornal de Brasilia

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POLÍTICA DO BRASIL

Conselho do FGTS aprova nova faixa do Minha Casa, Minha Vida para classe média

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Retomado em 2023, Minha Casa, Minha Vida teve 1,3 milhão de contratos até dezembro de 2024. Foto: Ricardo Stuckert / PR

Governo amplia programa para atender famílias com renda de até R$ 12 mil. Modalidade permite adquirir imóveis de até R$ 500 mil, com 420 meses de prazo e juros mais baixos

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Anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 3 de abril durante o evento “O Brasil Dando a Volta por Cima”, a nova faixa do Minha Casa, Minha Vida para famílias com renda mensal até R$ 12 mil foi aprovada pelo Conselho Curador do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) nesta terça, 16 de abril.
Corrigimos limites de renda, criamos o Minha Casa, Minha Vida – Classe Média e seguimos com o compromisso de mostrar que é um programa para todos”

Hailton Madureira, secretário executivo do Ministério das Cidades

A linha de financiamento prevê condições facilitadas de crédito, como prazos de pagamento de até 420 meses e juros nominais de 10% ao ano, abaixo dos praticados pelo mercado. A proposta prevê aquisição de imóveis de até R$ 500 mil. A expectativa é beneficiar cerca de 120 mil famílias em 2025.
Além de criar a faixa 4, para a classe média, a reunião do Conselho Curador delimitou ajustes em outras linhas do Minha Casa, Minha Vida.
Confira:
FAIXA 1 E 2 – Os limites para as Faixas 1 e 2 do FGTS foram reajustados, de modo a favorecer o maior número de beneficiados possível. A Faixa 1 foi elevada de R$ 2.640 para passar a atender famílias com renda de até R$ 2.850, enquanto a Faixa 2 subiu o limite de renda familiar de R$ 4.400 para até R$ 4.700.
FAIXA 3 – A ampliação da Faixa 3 elevou o teto de renda de R$ 8 mil para R$ 8,6 mil mensais e permite a aquisição de imóveis de até R$ 350 mil, com juros entre 7,66% e 8,16% ao ano. A medida prevê incluir 15 mil novas famílias nessa faixa ainda em 2025.
REDUÇÃO NOS JUROS – Mais de 100 mil famílias devem ser beneficiadas com a redução nas taxas de juros, de até 1,16 ponto percentual, e 20 mil passarão a acessar os subsídios do FGTS.
R$ 15 BILHÕES – O plano prevê a mobilização de R$ 15 bilhões do FGTS, que deverão ser aplicados em conjunto com outros R$ 15 bilhões captados por instituições financeiras habilitadas. Ao todo, o público da nova faixa, com foco na classe média, poderá contar com R$ 30 bilhões em recursos para financiamento habitacional. A expectativa é que as medidas sejam oficialmente implementadas até maio.
“Corrigimos limites de renda, criamos o Minha Casa, Minha Vida – Classe Média e seguimos com o compromisso de mostrar que é um programa para todos”, afirmou o secretário executivo do Ministério das Cidades, Hailton Madureira.
“Nós reafirmamos o papel central da política habitacional do país, promovendo inclusão e acesso à moradia digna para milhões de brasileiros”, acrescentou o secretário Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Augusto Rabelo.
Segundo o secretário-executivo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Francisco Macena, o FGTS está cumprindo a função de financiar a habitação, sempre com atenção à sustentabilidade do fundo. “É um grande passo para a habitação e para a inclusão de famílias que estão afastadas da habitação popular”, argumentou.
BALANÇO – Até dezembro de 2024, foram contratadas 1,3 milhão de novas moradias do Minha Casa, Minha Vida, com investimento total de R$ 190 bilhões. Até o início do novo PAC, muitas obras estavam paralisadas ou em ritmo lento. Desde então, mais de 43 mil moradias que estavam nessa condição foram entregues, beneficiando cerca de 173 mil pessoas que agora têm um lar seguro e digno.

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Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

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