GDF / BRASÍLIA

IgesDF alerta para a importância de hábitos saudáveis na prevenção da insuficiência cardíaca

Publicado em

Hospital de Base lidera tratamentos com marcapasso e chama atenção para os cuidados com o coração
Por Jurana Lopes e Laezia Bezerra
Manter hábitos saudáveis é essencial para prevenir a insuficiência cardíaca, doença que representa uma das principais causas de internação entre adultos e idosos no Brasil e no mundo. O Dia Nacional de Alerta à Insuficiência Cardíaca, celebrado em 9 de julho, chama a atenção para esse cuidado com a saúde.
A chefe do Serviço de Cardiologia do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), Ruiza Teixeira, explica que a condição afeta principalmente pessoas com mais de 60 anos, mas também pode surgir mais cedo em quem possui fatores de risco, como hipertensão, diabetes, doença arterial coronariana ou uso excessivo de álcool e drogas.
“Maus hábitos alimentares, sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de álcool e estresse crônico contribuem para o surgimento de doenças cardíacas, inclusive a insuficiência cardíaca”, alerta.
Há também casos com origem genética, como nas cardiomiopatias dilatada e hipertrófica. Nesses, é essencial a investigação precoce com base em histórico familiar e exames.
Segundo a médica, a doença pode evoluir com perda progressiva da função cardíaca, arritmias, internações frequentes e, em casos avançados, morte súbita. Trata-se de uma condição crônica que requer acompanhamento contínuo e rigoroso controle dos fatores de risco.
A prevenção passa por manter a pressão arterial sob controle, cuidar do colesterol, controlar o diabetes, manter o peso ideal, praticar atividades físicas regularmente e evitar o tabagismo e o consumo exagerado de álcool.
Sintomas e tratamento
Entre os principais sintomas estão falta de ar (especialmente ao deitar ou durante esforços leves), cansaço intenso, inchaço em pernas e tornozelos, ganho repentino de peso por retenção de líquidos, além da sensação de estômago cheio e perda de apetite.
O tratamento inclui mudanças no estilo de vida, alimentação equilibrada com menos sal, exercícios supervisionados e uso de medicamentos, como diuréticos e betabloqueadores. Em casos graves, pode ser necessário o uso de dispositivos, como desfibriladores, ou até mesmo transplante cardíaco.
“A insuficiência cardíaca sem tratamento pode causar danos ao coração e a outros órgãos, como rins e fígado, além de comprometer a autonomia e aumentar o risco de morte súbita”, ressalta Ruiza.
Hospital de Base é referência em marcapasso
Para pacientes com comprometimento importante da função cardíaca, o implante de marcapasso pode ser indicado. O dispositivo regula os batimentos e melhora a circulação sanguínea, proporcionando alívio dos sintomas.
Referência na área, o Hospital de Base realiza cerca de 400 procedimentos por mês na Hemodinâmica, com uma equipe formada por dez especialistas, entre cardiologistas e cirurgiões.
Foi nesse cenário que o motorista de aplicativo Wilson Antônio Miranda Alves, de 70 anos, encontrou apoio. Após cirurgia para troca de válvula em 2022, devido a uma arritmia, ele começou a se sentir fraco e teve que buscar atendimento médico com frequência. No HBDF, foi diagnosticado com bradicardia e passou pelo implante do marcapasso na última sexta-feira (4).
“Estava muito debilitado, com o coração batendo a menos de 40 vezes por minuto. Agora quero levar uma vida leve, sem medo ou mal-estar. Pretendo voltar a trabalhar e aproveitar os momentos simples, como comer a costelinha com mandioca que minha enteada faz”, diz, animado.
Segundo o cirurgião cardiologista José Joaquim Vieira Junior, o procedimento é simples e a recuperação, rápida. “Foi tudo conforme o planejado, sem qualquer intercorrência”, afirma.
Embora nem todos os casos exijam marcapasso, o médico ressalta que o dispositivo pode ser fundamental em determinadas situações, como em pacientes com Doença de Chagas, endêmica no Distrito Federal e Entorno.
Outro exemplo é Jaci Fernandes de Almeida, de 63 anos, que vive com marcapasso há 18 anos, desde a primeira cirurgia em 2007, também no HBDF. Agora, ele se prepara para receber um novo dispositivo: o Cardioversor Desfibrilador Implantável (CDI).
O CDI é um equipamento moderno, colocado sob a pele, que identifica e corrige arritmias graves, como fibrilação e taquicardia ventricular. “Trata-se de uma tecnologia muito eficiente no combate a esse tipo de problema”, explica o cardiologista.
Confiante, Jaci leva uma vida ativa: “Trabalho na construção civil, namoro, bebo socialmente, vou a festas… Estou me sentindo ótimo e preparado para essa nova etapa”, declara.
Diagnóstico precoce é fundamental
Ruiza Teixeira reforça a importância do diagnóstico precoce. Identificar a insuficiência cardíaca nas fases iniciais permite iniciar o tratamento antes que ocorram danos permanentes ao coração.
“Isso melhora a qualidade de vida, reduz hospitalizações e aumenta a sobrevida dos pacientes”, afirma.
Ela destaca, a necessidade de realizar check-ups periódicos, mesmo na ausência de sintomas, para detectar alterações cardíacas e fatores de risco que possam evoluir silenciosamente.
Fotos: Divulgação/IgesDF
Assessoria de Comunicação

imprensa@igesdf.org.br

( 61 3550-9281
Atendimento à imprensa: Segunda a sexta – 8h às 18h
Sábados, domingos e feriados – 9h às 17h

Acesse: https://igesdf.org.br/

COMENTE ABAIXO:
Leia Também:  Operação Verde Vivo intensifica prevenção e combate aos incêndios florestais

BRASÍLIA

DISTRITO FEDERAL

POLÍTICOS DO DF

POLÍTICOS DO BRASIL

TRÊS PODERES

ENTORNO