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GDF / BRASÍLIA

Especialistas alertam que gestantes precisam redobrar os cuidados com a saúde bucal

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O período de gestação é marcado por mudanças físicas, hormonais e psicológicas nas mulheres. As gestantes precisam redobrar os cuidados com a saúde na totalidade, mas sem esquecer a saúde bucal, pois as mudanças hormonais podem aumentar o risco de problemas dentários que podem afetar tanto a mãe quanto o bebê, gerando complicações como parto prematuro e baixo peso ao nascer.

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A ginecologista e obstetra Kheylla Gonzales diz que pacientes de alto risco têm mais chances de apresentar doenças bucais | Foto: Divulgação/IgesDF

Kheylla Gonzales é ginecologista e obstetra do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e atende pacientes do pré-natal de alto risco. Ela faz um alerta sobre as doenças odontológicas, pois elas, especialmente a doença periodontal, têm sido associadas a diversas condições patológicas perinatais, incluindo o parto prematuro, a rotura prematura de membranas e a ocorrência de baixo peso.

“As gestantes precisam manter uma rotina rigorosa de higiene bucal. Além disso, reduzir o consumo de açúcar e alimentos ácidos, beber bastante água para manter a boca hidratada e consultar o dentista regularmente para acompanhamento e limpezas preventivas”

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Ana Paula Araújo, cirurgiã-dentista intensivista

“As pacientes de alto risco, com alterações metabólicas não controladas, têm mais chances de apresentar doenças bucais. Além disso, pacientes com processos infecciosos dentais possuem risco aumentado de focos de infecção e evolução para sepse, que podem causar aborto, trabalho de parto prematuro, as com diabetes gestacional podem descompensar de forma abrupta”, informa.

A especialista destaca que toda infecção dental pode também aumentar o risco de abscesso dentário e até mesmo a necessidade de abordagem cirúrgica durante a gestação. “Em casos graves, como os abcessos, eles podem causar infecção cerebral materna, pois a bactéria está próxima ao sistema nervoso, podendo se espalhar para o cérebro através da corrente sanguínea, sistema linfático e causar um abscesso cerebral. É considerada uma infecção grave e potencialmente fatal”, alerta.

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Kheylla destaca que cuidar da saúde bucal na gravidez é essencial para o bem-estar da mãe e do bebê. Se houver qualquer sintoma, o ideal é buscar orientação profissional quanto antes, visto que atualmente no DF as unidades básicas de saúde (UBSs) possuem equipe de saúde bucal. Além disso, todas as gestantes ao iniciarem o seu pré-natal, seja com o médico de família ou enfermeiro, devem solicitar o encaminhamento para o profissional da área de saúde bucal, para que busquem integrar o atendimento/acompanhamento ao longo de toda a gestação.

O HRSM possui atendimento de emergência na Odontologia de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h

Doenças bucais mais comuns

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O HRSM possui atendimento de emergência na Odontologia de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h e tem recebido muitas gestantes com doenças bucais graves. Em todo o ano de 2024, foram registrados 385 pareceres na Odontologia, somente de gestantes. A chefe do Serviço de Odontologia e Cirurgia Bucomaxilofacial, Érika Maurienn, destaca a importância das gestantes cuidarem da saúde bucal desde o início da gravidez.

“Durante a gestação, a mulher pode ter maior predisposição a problemas dentários devido a fatores como as alterações hormonais, que podem favorecer inflamações gengivais, aumento da acidez bucal, especialmente em casos de enjoo e vômitos frequentes, que desgastam o esmalte dos dentes; mudanças na alimentação, com maior consumo de carboidratos e doces, favorecendo o surgimento de cáries. Além disso, tem a diminuição da saliva, que pode tornar a boca mais suscetível a infecções”, afirma.

A cirurgiã-dentista intensivista Ana Paula Araújo explica que os principais problemas bucais que acometem as gestantes são: gengivite gravídica, periodontite, cáries, erosão dentária e granuloma gravídico (épulis gravídico).

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“A gengivite gravídica é uma inflamação da gengiva causada pela alteração hormonal, que pode levar a sangramento e inchaço. Já a periodontite se dá quando a gengivite não é tratada, podendo evoluir para uma infecção mais grave, atingindo os tecidos de suporte dos dentes e sendo associada a riscos como parto prematuro. As cáries ocorrem devido ao aumento do consumo de açúcar e as mudanças na saliva favorecem o desenvolvimento de cáries”, explica.

A erosão dentária também é outro problema, e ocorre por conta do contato frequente com o ácido do vômito, que pode desgastar o esmalte dos dentes. O granuloma gravídico ou épulis gravídico é um pequeno tumor benigno na gengiva, causado pela resposta inflamatória exagerada.

“Para prevenir esses problemas, as gestantes precisam manter uma rotina rigorosa de higiene bucal (escovação e uso de fio dental). Além disso, reduzir o consumo de açúcar e alimentos ácidos, beber bastante água para manter a boca hidratada e consultar o dentista regularmente para acompanhamento e limpezas preventivas”, esclarece Ana Paula.

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*Com informações do IgesDF

 

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GDF / BRASÍLIA

Vencedor de ação do Hemocentro conhece o caminho do sangue até os hospitais

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Doar sangue é um gesto de solidariedade que pode salvar vidas, mas poucos conhecem os bastidores desse processo essencial. Nesta terça-feira (22), o enfermeiro Vinícius Alves, 28 anos, doador frequente e vencedor de uma ação promovida nas redes sociais da Fundação Hemocentro de Brasília, teve a oportunidade de vivenciar de perto o caminho que o sangue percorre após ser coletado.

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O profissional de saúde participou de uma visita guiada exclusiva ao setor de Processamento e Distribuição de Hemocomponentes da instituição. “Eu sabia que não era simples, mas não fazia ideia da complexidade, do rastreio tão específico, desde qual profissional coletou, em qual máquina foi utilizada”, contou Vinícius.

Para ser um doador, é preciso ter entre 16 e 69 anos de idade, pesar mais de 51 kg e ter índice de massa corporal (IMC) igual ou maior a 18,5% | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

Durante cerca de uma hora, Vinícius e a companheira Victoria Rocha, 28, que também é enfermeira, foram conduzidos em uma imersão técnica e informativa pelas etapas que garantem a qualidade e a segurança dos hemocomponentes distribuídos à rede pública e aos hospitais conveniados do Distrito Federal.

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O tour começou com a observação do repouso das bolsas de sangue recém-coletadas e seguiu por etapas como a centrifugação – responsável por separar os componentes (hemácias, plasma, plaquetas e crioprecipitado) –, o rotulamento, os exames sorológicos e imunohematológicos, o armazenamento em câmaras frias ou congeladas e, por fim, a organização logística para atendimento das solicitações de sangue, inclusive em casos de urgência.

“Sou doador há mais de 10 anos, e é muito interessante conhecer, porque não fazia ideia que o prédio era tão grande, que tinha tantas áreas bem específicas, como aqui no subsolo. A gente fica focado na área do doador e não tem noção de toda a estrutura e dos profissionais envolvidos.”

Rigor técnico

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Victoria também se impressionou com a estrutura e os cuidados envolvidos em cada etapa. “A gente já tinha essa noção de que não era simplesmente pegar o sangue e levar pro hospital, mas não sabia que era tão específico assim. São muitas fases para garantir que o sangue chegue com segurança ao paciente”, afirmou.

Vinicius e a esposa, Victória: ele doa sangue há 10 anos

Todo o processo é rigorosamente monitorado, com uso de códigos que garantem o anonimato dos doadores e o rastreamento das bolsas até o momento da transfusão. A visita também permitiu conhecer procedimentos específicos, como a irradiação de bolsas, necessária para determinados pacientes.

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Para o diretor do setor, Fábio de França, a iniciativa de abrir as portas do Hemocentro para os doadores é essencial. “No imaginário de muitos, o processo parece simples, mas é bastante complexo. São muitos profissionais qualificados e dedicados, trabalhando para garantir a qualidade do hemocomponente que vai atender o paciente — que é a nossa razão de existir”, explicou.

O setor de Processamento e Distribuição conta com cerca de 20 profissionais por turno e funciona de forma contínua. “Convidar o doador para conhecer esse trabalho fortalece vínculos, valoriza o serviço público e incentiva o voluntariado. É uma excelente forma de fidelizar e multiplicar essa rede do bem.”

Doe sangue, salve vidas

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Para ser um doador, é preciso ter entre 16 e 69 anos de idade, pesar mais de 51 kg e ter índice de massa corporal (IMC) igual ou maior a 18,5%. Menores de 18 anos só poderão doar acompanhados pelos respectivos pais ou responsáveis, enquanto idosos precisam ter realizado pelo menos uma doação de sangue antes dos 61 anos.

Além disso, é necessário que o candidato a doar tenha dormido pelo menos seis horas, com qualidade, na noite anterior. Não serão aceitas doações de sangue de pessoas que ingeriram bebida alcoólica 12 horas antes do procedimento ou que tenham fumado duas horas antes.

O candidato passa por avaliação de profissionais de saúde para verificar se está apto. Portanto, seja sincero ao responder às perguntas feitas durante a triagem e não omita informações importantes, pois disso depende a segurança do doador e do receptor.

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Lembre-se: nada de jejum. É importante estar bem alimentado para doar sangue, assim como beber bastante água desde o dia anterior à doação.

O agendamento da doação de sangue é obrigatório e pode ser feito pelo site Agenda DF – Serviço de Agendamentos do Distrito Federal ou pelo telefone 160, opção 2. O Hemocentro de Brasília está localizado no Setor Médico Hospitalar Norte (início da W3 Norte), próximo ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e à Fepecs, e atende de segunda a sábado, das 7h15 às 18h.

26/04/2025 - Vencedor de ação do Hemocentro conhece o caminho do sangue até os hospitais

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