Insatisfeitos com a atual gestão do secretário Nacional de Políticas Penais, Rafael Velasco, policiais penais federais de todo país marcaram paralisação de 24 horas para a próxima sexta-feira (14/4). O ato vai ocorrer nas cinco penitenciárias federais do Brasil.
Durante o tempo de paralisação, os policiais penais afirmam que a segurança das penitenciárias federais não será afetada, sendo mantidas necessidade básicas dos presos. No entanto, serão paralisadas todas as políticas penitenciárias desenvolvidas pelos servidores e as transferências para as penitenciárias federais de líderes de facções criminosas.
Segundo a Federação Nacional dos Policiais Penais Federais (FENAPPF), o atual governo prometeu encaminhar regulamentação nos primeiros 100 dias do mandato, mas isso não ocorreu por “descaso do gestor do órgão, Rafael Velasco”.
Projeto inconstitucional
Em nota, a categoria relata ter elaborado junto com o secretário todo o trâmite do projeto de lei que regulamenta a carreira, porém, o documento enviado não condiz com os acordos feitos em conjunto com os sindicatos.
Em vez disso, conforme a categoria, teria sido enviado “um projeto inconstitucional e cheio de vícios” que não condiz com a vontade dos policiais penais, inclusive com um salário menor.
Gentil Nei Silva, presidente da FENAPPF, avalia que os policiais penais federais passam por um descaso. “Perdemos três colegas assassinados pelo crime organizado e, mesmo assim, os gestores não se preocupam com os servidores”, afirma Silva.