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PDOT: produtores rurais alertam para riscos de urbanização desordenada

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A Câmara Legislativa do Distrito Federal realizou uma audiência pública, na noite de segunda-feira (15), para discutir o projeto de lei complementar 78/2025, que revisa o Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT). O encontro, presidido pelo deputado Gabriel Magno (PT), reuniu produtores, chacareiros, especialistas ambientais e representantes de secretarias do Governo do Distrito Federal para debater o futuro das áreas rurais do DF.

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O PLC 78/2025 foi encaminhado à CLDF pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) no início de agosto. A proposta já foi lida em plenário e está em tramitação na Casa. O texto foi distribuído aos deputados para análise técnica e política de 348 artigos que propõem reorganizar o território em macrozonas urbanas, rurais e de proteção ambiental. A votação final está prevista para acontecer em dezembro de 2025.

Na audiência pública, produtores e chacareiros manifestaram preocupação com o PLC 78/2025, que, segundo eles, favorece que áreas rurais sejam transformadas em espaços urbanos, comprometendo o desenvolvimento agrário e a conservação ambiental no DF. Outra questão citada pelos presentes é a indefinição das áreas de preservação na atual versão do texto, que não estabelece informações precisas sobre limites, critérios e usos permitidos nas zonas protegidas.

 

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O deputado Gabriel Magno também criticou a ausência de diretrizes específicas no PDOT para a regularização fundiária rural, desconsiderando especificidades de cada território, e para a promoção de alternativas sustentáveis para integração das áreas urbanas e rurais. “É importante determinar comandos específicos mais nítidos sobre como se constrói o processo de resiliência de preservação e proteção, definindo parâmetros, por exemplo, de arborização”, afirmou o parlamentar.

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Supressão de propriedades

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Vilmar Angelo, representando o movimento Preserva Serrinha, condenou a supressão de propriedades rurais imposta pelo PLC 78/2025, que retira de produtores e chacareiros a possibilidade de adquirir e regularizar suas terras. Segundo ele, dessa forma, o plano beneficia o mercado imobiliário ao liberar terrenos amplos, que deveriam ser destinados à produção agrícola ou à preservação ambiental, para desenvolvimento de projetos urbanísticos. “A cidade cresceu de forma desordenada, para cima dessas propriedades rurais, e a solução [que eles veem] para isso é suprimir a possibilidade dos chacareiros e produtores terem suas propriedades regularizadas, titularizadas”, enfatizou.

A deputada Paula Belmonte (Cidadania) ressaltou a necessidade de aprovar emendas ao PLC 78/2025, que garantam a participação popular, amplie a atuação dos órgãos de proteção ambiental e estabeleça mecanismos de transparência e controle. De acordo com a parlamentar, o formato atual da proposta compromete o envolvimento social nas decisões que moldam a política territorial. “Não podemos perder a participação popular. O projeto tira a participação das pessoas, [impedindo a possibilidade] de votação nesse parlamento”, salientou.

A presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito do Rio Melchior também destacou os impactos ambientais negativos do PDOT, especialmente relacionados aos recursos hídricos do Distrito Federal. A parlamentar citou como exemplo os rios Melchior e Ponte Alta, considerados “sacrifícios ambientais” — áreas que sofrem degradação intensa e contínua devido interesses econômicos, urbanos ou industriais, prejudicando a saúde e qualidade das populações próximas ao local afetado.
 

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Segundo a deputada, as falhas presentes no planejamento territorial podem resultar em destruição ambiental e exclusão social em várias regiões administrativas do DF, repetindo o cenário observado nas áreas onde estão localizados os rios Melchior e Ponte Alta. “Quando falamos de um rio tido como sacrifício ambiental, estamos falando daquela comunidade que mora em volta e que também está sendo condenada”, frisou Paula Belmonte.

O encontro contou com a participação de Antônio Queiroz Barreto, subsecretário de Políticas Econômicas Agropecuárias; Lúcia Mendes, integrante do Fórum de Defesa das Águas, do Clima e Meio Ambiente; e Sidrack de Oliveira, representante da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap). Também participaram Marcos Luiz Santarosa, representante da Associação dos Produtores do Núcleo Rural Lago Oeste (Asproeste), e Juliana Coelho, subsecretária de Políticas e Planejamento Urbano.
 

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A audiência pública foi transmitida pela TV Câmara Distrital, nos canais 9.3 (aberto), 11 da NET/Claro e 09 da Vivo, pode ser reassitida no canal da CLDF no YouTube.
 

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*Com informações do gabinete do deputado Gabriel Magno (PT)



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Filmes vencedores do 27º Troféu Câmara Legislativa serão conhecidos neste sábado (20)

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Filmes vencedores do 27º Troféu Câmara Legislativa serão conhecidos neste sábado (20)

Após cinco dias de competição, chega o momento de conhecer os melhores curtas e longas metragens, além de categorias técnicas, entre 16 títulos do Distrito Federal
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Mais de 3 mil espectadores compareceram às cinco sessões da Mostra Brasília – espaço do 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro para filmes do Distrito Federal que concorrem ao 27º Troféu Câmara Legislativa. Além do Cine Brasília, que teve lotação plena em todas as exibições dos títulos brasilienses, as produções foram apresentadas no Complexo Cultural Planaltina e em unidades do SESC do Gama, Ceilândia e 504 Sul.

Neste sábado (20), os vencedores da premiação do Legislativo do DF para o cinema local serão anunciados durante a cerimônia de encerramento do Festival, que começa às 17 horas. Um total de R$ 298 mil em prêmios serão divididos entre os melhores curtas e longas-metragens, além de nove categorias técnicas. Os prêmios principais serão destinados aos filmes escolhidos pelo júri popular – composto pelo público que compareceu às exibições e votou após as sessões – e o júri oficial.

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Os jurados também votam nas categorias técnicas – ator, atriz, direção de arte, direção, edição de som, fotografia, montagem, roteiro e trilha sonora. Nestas últimas, os ganhadores são escolhidos entre os títulos de curta e longa-metragem, sem distinção. O júri oficial é formado por: Alice Stefânia (atriz, diretora e pesquisadora de teatro); Bertrand Lira (diretor de documentários, crítico de cinema, professor e pesquisador) e Ewerton Belico (curador, roteirista, educador e diretor de cinema).

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Pioneirismo

Nesta sexta-feira (19), último dia de competição pelo Troféu Câmara Legislativa, subiram ao palco do Cine Brasília, com suas equipes, para apresentar seus filmes, Clara Maria Matos e as duplas Larissa Corino e Patrícia Meschick, Rafael Ribeiro Gontijo e Sandra Bernardes. Os títulos foram O Cheiro do Seu Cabelo, Rocha: Substantivo Feminino e Menino quem foi seu mestre?, respectivamente.

Clara Maria Matos afirmou que seu filme “é uma carta de amor às mulheres negras e indígenas”. O curta ficcional trouxe a personagem Feijão, que, no aniversário, deseja visitar a casa da avó que não chegou a conhecer e é guiada por um cheiro familiar. No elenco, Martinha do Coco, que cedeu a música para a produção.

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A seguir foi a vez das mulheres escaladoras, que fazem da região de Cocalzinho (GO) seu ponto de partida para a prática. Com uma equipe formada exclusivamente por mulheres, o curta documental foi dirigido por Larissa Corino e Patrícia Meschick, que falaram, entre outras aspectos, de “pioneirismo”.

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Pioneirismo também foi tema do documentário Menino quem foi seu mestre?, que conta a história da capoeira desde a inauguração de Brasília, a partir de entrevistas com os primeiros mestres do Distrito Federal: Mestre Tabosa, Mestre Adilson, Mestre Paulão, Mestre Danadinho e Mestre Pombo de Ouro – muitos deles presentes à sessão.



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