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Marias: exposição fotográfica encerra-se nesta sexta-feira (7) na CLDF

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A exposição Marias, da jornalista e fotógrafa Ísis Dantas, está em seus últimos dias de visitação no Foyer do Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal. A mostra traz imagens de dez mulheres que conseguiram romper o ciclo da violência doméstica, transformando experiências de dor em narrativas de resistência e reconstrução. A exposição também marcou o lançamento do livro homônimo, que apresenta essas histórias em forma de retratos e depoimentos, revelando trajetórias que vão desde cárcere privado até tentativas de feminicídio.

Desde 2019, Ísis Dantas registra essas vivências por meio do projeto Marias da Penha, que já alcançou dezenas de mulheres. Entre os testemunhos está o de Rosa Melo, moradora do Areal, parte da região administrativa de Águas Claras, que sobreviveu a todos os tipos de violência e conseguiu romper o ciclo após quase ser queimada dentro de casa com os filhos. Hoje, Rosa é acolhida pelo Instituto Umanizzare, instituição fundada por Grace Justa, delegada da Polícia Civil do DF.

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Ísis Dantas durante o lançamento da exposição (Foto: Carolina Curi/Agência CLDF)

O livro traz ainda um posfácio da autora, baseado nos dados mais recentes do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Segundo o Anuário 2025, foram registrados 1.492 feminicídios em 2024 no país, uma média de quatro mulheres assassinadas por dia, em sua maioria negras, jovens e mortas dentro de casa. Além disso, quase 20% das medidas protetivas foram descumpridas, evidenciando a fragilidade da rede de proteção.

Ísis Dantas, que também sobreviveu a um relacionamento abusivo, destaca o papel da arte na sua própria trajetória e na de outras mulheres. “A fotografia me ajudou a resgatar minha própria vida e, com o projeto Marias da Penha, percebi que poderia ajudar outras mulheres a se reconhecerem como fortes, belas e capazes de recomeçar. O livro e a exposição reforçam que há vida após a violência, mas é preciso dar o primeiro passo”, afirma a autora.

 

Ísis Dantas e o curador Rinaldo Morelli (Foto: Carolina Curi/Agência CLDF)

O projeto teve a curadoria do artista plástico Rinaldo Morelli e foi realizado pela Associação Artise de Arte, Cultura e Acessibilidade, com fomento do Ministério da Cultura via emenda do deputado Reginaldo Veras. Para conhecer mais o trabalho de Ísis Dantas, basta acessar @mariasdapenha no Instagram. O livro que deu origem à exposição também está disponível no formato digital (clique aqui).

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