ACBJPR-DF-logo-blue80red
ACBJPR-DF-logo-blue80red

CLDF / POLÍTICOS DO DF

Coronel da PM Paulo José nega omissão e acusa coronel Casimiro de ter mentido à CPI

Publicado em

Foto: Eurico Eduardo/ Agência CLDF

Ouvido hoje pela Comissão Parlamentar de Inquérito dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa, o coronel da Polícia Militar do DF, Paulo José Bezerra, negou ter sido omisso na operação da polícia realizada no dia 8 de janeiro, quando vândalos invadiram e depredaram os palácios da república. Paulo José era subchefe do Departamento de Operações (DOP) da PMDF na data dos atos e atualmente encontra-se preso junto com a cúpula da PMDF em decorrência do inquérito do Supremo Tribunal Federal que investiga o 8 de janeiro.

O coronel frisou por diversas vezes que não foi convocado para nenhuma reunião de planejamento para contenção das manifestações antidemocráticas que vinham sendo anunciadas. O coronel também acusou seu colega coronel da PMDF, Marcelo Casimiro, responsável pela operação naquele dia, de ter mentido em seu depoimento à CPI quando afirmou aos parlamentares que a ordem para abertura da Esplanada dos Ministérios havia partido de Paulo José. “O coronel Casimiro mentiu aqui. Eu nunca dei a ordem ao Casimiro para abrir a Esplanada. Eu nem participei das reuniões. Ele mentiu aqui na CPI e me coloco à disposição para fazer acareação na frente dele”, disse o coronel Paulo José.

Advertisement

Questionado novamente se a ordem para abertura da Esplanada aos manifestantes no dia 8 de janeiro teria sido dada diretamente pelo governador a ele, o coronel Paulo José negou enfaticamente. “Eu havia chegado de férias e não estava inteirado sobre as manifestações, não teria por que dar ordem para abrir a esplanada. O coronel Casimiro merece o troféu Pinóquio de cara de pau do ano. Sobre o governador, para mim seria uma honra receber uma ligação dele. O governador nunca me ligou, não sabe nem que eu existo”, afirmou.

Leia Também:  Licitação do GDF para uniformes escolares frustra malharias e estudantes

O coronel Paulo José contou ainda como virou o chefe interino do DOP e único coronel em serviço no departamento às vésperas da manifestação antidemocrática. “Eu tirei férias em novembro de 2022. O coronel Klepter, responsável pelas operações, me pediu para não retornar e ficar em casa. Me mandou voltar somente depois de 2 de janeiro. Quando eu voltei, o núcleo do DOP estava todo afastado. Três coronéis do núcleo operacional não estavam lá. O comum seria que se um se afasta, dois ficam. Aquilo não foi normal”, disse.

Paulo José também informou que no dia 7 de janeiro, véspera dos atos, teria havido uma reunião da Secretaria de Segurança Pública com a Polícia Federal e que foram apresentadas informações que indicavam alto risco na manifestação marcada para o dia seguinte. “Naquele momento, o Plano de Ações Integradas deveria ter sido refeito. Se houvesse a determinação de empregar mais homens da polícia naquele momento, o ato teria sido evitado”, contou.

Advertisement

O coronel Paulo José revelou ainda que o então presidente da República, Jair Bolsonaro, teria visitado oficiais da PMDF que se formaram na mesma turma dos coronéis Fábio Augusto Vieira, que era comandante-geral da PMDF no dia 8 de janeiro, Klepter Rosa, atual comandante-geral, e Jorge Naime, que atualmente encontram-se presos. Segundo Paulo José, há uma foto de Bolsonaro com os integrantes da turma no ano passado.

Leia Também:  Alckmin: Recursos previstos para Mover e Depreciação acelerada são do imposto de importação

Eder Wen – Agência CLDF

Advertisement
COMENTE ABAIXO:
Advertisement

CLDF / POLÍTICOS DO DF

Observatório da Mulher: CLDF lança ferramenta para impulsionar a criação de políticas públicas para o público feminino

Published

on


Observatório da Mulher: CLDF lança ferramenta para impulsionar a criação de políticas públicas para o público feminino

Advertisement

Na manhã desta quarta-feira (19), a Câmara Legislativa do Distrito Federal lançou o Observatório da Mulher, uma ferramenta dedicada ao monitoramento, coleta e análise de dados a respeito da participação feminina na política, no mercado de trabalho e dos índices de violência de gênero no DF. O objetivo é que a plataforma impulsione a formulação de políticas públicas mais eficazes para as mulheres.

O sistema disponibiliza relatórios, estudos e levantamentos elaborados pela Procuradoria Especial da Mulher (PEM), em parceria com órgãos governamentais, universidades e instituições de pesquisa. É possível verificar informações sobre a ocupação e atuação feminina em cargos legislativos e executivos, divulgação de leis e projetos voltados para equidade de gênero e canais de atendimento às mulheres em situação de agressão física e/ou psicológica.

Regulamentada pela Resolução 352/2024, o Observatório da Mulher é resultado do trabalho desenvolvido na gestão da deputada Dayse Amarilio (PSB) durante o período em que esteve à frente da Procuradoria. Segundo a parlamentar, a iniciativa foi inspirada no modelo do Observatório da Mulher Cearense (OMCE), da Assembleia Legislativa do Ceará, que monitora dados sobre a realidade das mulheres no estado.
 

Advertisement

 

Leia Também:  Como funciona CadÚnico, o sistema por trás de programas sociais

“Na visita que fizemos a Fortaleza, conseguimos identificar a integração dos serviços feitos lá. Aqui, no Distrito Federal, ainda temos muita dificuldade em lidar com os diferentes sistemas de atendimento à mulher”, relatou Dayse Amarilio. “Tivemos um projeto de lei, que, infelizmente, não foi aprovado, que buscava fazer uma integração de todos esses sistemas de informação”, explicou.

 

Advertisement

Empreendedorismo feminino

 

 

No evento, também foi apresentado o Observatório Brasília Empreendedora, um plataforma em desenvolvimento, com objetivo de  monitorar, avaliar e divulgar dados sobre negócios liderados por mulheres. Segundo Marcelo Herbert Lima, auditor de Controle Interno da Controladoria-Geral do DF e um dos envolvidos no projeto, o sistema busca expandir a criação de políticas públicas que apoiem o empreendedorismo feminino na capital.

Advertisement

“É muito difícil fazer política pública sem informação e dados, precisamos ter um diagnóstico. Temos que olhar o mercado de trabalho da mulher, do empreendedorismo feminino, a violência contra mulher e, em cima dessas informações, poder fazer políticas públicas”, enfatizou Lima. 

A deputada Paula Belmonte (Cidadania), que assumiu o cargo de procuradora da Mulher esta semana, reforçou que a institucionalização do Observatório Brasília Empreendedora possibilita a coleta e análise de informações que ampliam a elaboração de programas de capacitação, linhas de crédito e outras iniciativas de suporte às mulheres.
 

Leia Também:  Lula planeja reforma ampla para 2024

 

Advertisement

“A maioria das mulheres estão no mercado informal. Precisamos promover a formalização. Além disso, os dados revelam que os bancos emprestam milhões de reais para os homens e pouco mais de mil reais para as mulheres”, frisou a parlamentar. “Essa situação exige nossa atenção e virar política pública. O presidente do Banco de Brasília já entrou em contato comigo para que possamos fazer um projeto financeiro voltado às mulheres”, explicou.

 

2ª Semana da Mulher

 

Advertisement

Alinhado ao tema “Mais vozes, mais direitos: mulheres que transformam o mundo”, o evento realizado nesta quarta-feira é mais uma ação da 2ª Semana da Mulher, promovida pela Procuradoria Especial da Mulher da CLDF. Até 20 de março, a iniciativa oferece uma variedade de atividades para o público feminino, incluindo debates sobre políticas públicas, saúde, segurança e empreendedorismo, serviços gratuitos e ações de empoderamento.



Créditos do conteúdo

Advertisement
COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

BRASÍLIA

DISTRITO FEDERAL

POLÍTICOS DO DF

POLÍTICOS DO BRASIL

TRÊS PODERES

ENTORNO

MAIS LIDAS DA SEMANA