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Comissão propõe incluir aposentados da CEB em plano de saúde do GDF

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Comissão propõe incluir aposentados da CEB em plano de saúde do GDF

Com implementação de planos contributivos e privatização do setor de energia, grande parte dos antigos vinculados não consegue arcar com planos privados
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Hoje aposentados, parte dos trabalhadores que instalaram a infraestrutura energética que trouxe luzes ao Distrito Federal perdeu a assistência à saúde suplementar da qual sempre dispuseram. Pensionistas e antigos empregados da Companhia Energética de Brasília (CEB) — privatizada em 2021 para dar lugar à concessionária Neoenergia — pautaram a comissão geral realizada nesta quinta-feira (8) na Câmara Legislativa por iniciativa do deputado Chico Vigilante (PT).

Em fala introdutória, o parlamentar esclareceu que em 2022 a CLDF aprovou a Lei nº 7.137, proposta por ele, que estendia aos aposentados e pensionistas de empresas desestatizadas o plano GDF Saúde, gerido pelo Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Distrito Federal (Inas-DF). Apesar de ter sancionado a norma, o Buriti ajuizou uma ação direta de inconstitucionalidade contra a lei, que foi declarada inconstitucional em 2024.

O diretor de Previdência do Sindicato dos Urbanitários no DF, João Carlos Ferreira, contou que a questão antecede a privatização, pois desde que implantaram os planos contributivos, em 2017, muitos aposentados e pensionistas da CEB já ficaram sem o benefício por não conseguirem arcar com os custos. “Praticamente todos os inativos da administração direta e indireta do DF têm plano de saúde, com exceção dos inativos da CEB, que não conseguem pagar o Bradesco Saúde. É necessário reparar essa injustiça”, analisou João Carlos. O sindicalista informou que de 2.500 aposentados e pensionistas, cerca de 250 estão no Bradesco Saúde, atrelado à Neoenergia.

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Foto: Carolina Curi/ Agência CLDF

 

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Na sequência, a superintendente de Relações Institucionais da Neoenergia, Juliana Pimentel, relatou as iniciativas da companhia para lidar com a situação. “Os valores apresentados não são de mercado, porque diante do número de vidas que existe no Grupo Neoenergia é possível considerar valores mais competitivos, por isso todas as pessoas que estão no plano nessa situação estão sendo beneficiadas”, argumentou.

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Contudo, o depoimento dos aposentados e pensionistas trouxe à tona uma série de insatisfações. “Tem uma privatização, você dorme com plano de saúde e acorda com uma conta que não pode pagar. Precisamos do Inas e do apoio do GDF””, clamou o aposentado Cláudio Nascimento.

Adesão ao Inas 

Presidente do Instituto, Daniel Isaías respondeu aos apelos para que os aposentados e pensionistas sejam integrados ao plano que comanda.“A solução para o que estamos discutindo hoje passa por vários caminhos e um deles é a incorporação do Inas. E a gente sai daqui com o dever de casa de estudar de maneira mais profunda e de tentar levantar alternativas, como mudança legislativa e superação de questões operacionais para a gente tentar construir um caminho. Mas volto a lembrar: existem várias alternativas e estou disposto a discutir e ajudar”, resumiu Daniel Isaías.

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Diante da resposta, Vigilante propôs ao presidente do Instituto reabrir as discussões para buscar formas de resolver os problemas em 90 dias, compromisso que Daniel Isaías prontamente assumiu. A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) definiu a retomada do processo como “fundamental” e refletiu sobre as dificuldades dos antigos trabalhadores da CEB.

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Foto: Carolina Curi/ Agência CLDF

 

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“Se você segrega e transforma em autogestão o plano dos aposentados, e transfere os ativos para outros planos, não tem como dar sustentação. E nós chegamos a uma idade em que se demanda mais assistência em saúde. E é exatamente nesse período que vocês têm que ficar com um plano que é inexequível para a grande maioria das pessoas”, ponderou Kokay.  Para o secretário executivo de Relações Parlamentares da Casa Civil do DF, Maurício Antônio Carvalho, as resoluções passam pelo trabalho conjunto de diversos poderes e frentes da sociedade, como Executivo, Legislativo e terceiro setor.

Por fim, o sentimento dos aposentados e pensionistas veio à tona na carta que a aposentada Eliane Matos redigiu e leu na tribuna do Plenário. “Nós, ex-empregados da CEB, ajudamos a construir Brasília e a consolidá-la como capital e muitos de nós já se foram sem os devidos cuidados”, lamentou.



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Filmes vencedores do 27º Troféu Câmara Legislativa serão conhecidos neste sábado (20)

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Filmes vencedores do 27º Troféu Câmara Legislativa serão conhecidos neste sábado (20)

Após cinco dias de competição, chega o momento de conhecer os melhores curtas e longas metragens, além de categorias técnicas, entre 16 títulos do Distrito Federal
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Mais de 3 mil espectadores compareceram às cinco sessões da Mostra Brasília – espaço do 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro para filmes do Distrito Federal que concorrem ao 27º Troféu Câmara Legislativa. Além do Cine Brasília, que teve lotação plena em todas as exibições dos títulos brasilienses, as produções foram apresentadas no Complexo Cultural Planaltina e em unidades do SESC do Gama, Ceilândia e 504 Sul.

Neste sábado (20), os vencedores da premiação do Legislativo do DF para o cinema local serão anunciados durante a cerimônia de encerramento do Festival, que começa às 17 horas. Um total de R$ 298 mil em prêmios serão divididos entre os melhores curtas e longas-metragens, além de nove categorias técnicas. Os prêmios principais serão destinados aos filmes escolhidos pelo júri popular – composto pelo público que compareceu às exibições e votou após as sessões – e o júri oficial.

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Os jurados também votam nas categorias técnicas – ator, atriz, direção de arte, direção, edição de som, fotografia, montagem, roteiro e trilha sonora. Nestas últimas, os ganhadores são escolhidos entre os títulos de curta e longa-metragem, sem distinção. O júri oficial é formado por: Alice Stefânia (atriz, diretora e pesquisadora de teatro); Bertrand Lira (diretor de documentários, crítico de cinema, professor e pesquisador) e Ewerton Belico (curador, roteirista, educador e diretor de cinema).

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Pioneirismo

Nesta sexta-feira (19), último dia de competição pelo Troféu Câmara Legislativa, subiram ao palco do Cine Brasília, com suas equipes, para apresentar seus filmes, Clara Maria Matos e as duplas Larissa Corino e Patrícia Meschick, Rafael Ribeiro Gontijo e Sandra Bernardes. Os títulos foram O Cheiro do Seu Cabelo, Rocha: Substantivo Feminino e Menino quem foi seu mestre?, respectivamente.

Clara Maria Matos afirmou que seu filme “é uma carta de amor às mulheres negras e indígenas”. O curta ficcional trouxe a personagem Feijão, que, no aniversário, deseja visitar a casa da avó que não chegou a conhecer e é guiada por um cheiro familiar. No elenco, Martinha do Coco, que cedeu a música para a produção.

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A seguir foi a vez das mulheres escaladoras, que fazem da região de Cocalzinho (GO) seu ponto de partida para a prática. Com uma equipe formada exclusivamente por mulheres, o curta documental foi dirigido por Larissa Corino e Patrícia Meschick, que falaram, entre outras aspectos, de “pioneirismo”.

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Pioneirismo também foi tema do documentário Menino quem foi seu mestre?, que conta a história da capoeira desde a inauguração de Brasília, a partir de entrevistas com os primeiros mestres do Distrito Federal: Mestre Tabosa, Mestre Adilson, Mestre Paulão, Mestre Danadinho e Mestre Pombo de Ouro – muitos deles presentes à sessão.



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