GDF / BRASÍLIA
Mulheres e doenças cardiovasculares: um alerta para a prevenção
Publicado em
18 de março de 2025por
Eugenio Piedade
A doença cardiovascular é a principal causa de morte entre as mulheres, superando, inclusive, o câncer de mama. No entanto, muitas ainda desconhecem os riscos e sintomas, o que pode atrasar o diagnóstico e comprometer o tratamento. A cardiologista do IgesDF Alexandra Mesquita reforça a importância do alerta e da prevenção.
“É um tema relativamente pouco conhecido das próprias mulheres. Elas ainda não têm a percepção de que a mortalidade feminina é causada, principalmente, pelas doenças cardiovasculares. E é fundamental mudar essa realidade para reduzirmos a prevalência e a mortalidade”, afirma a especialista.
Os fatores de risco clássicos, como hipertensão, diabete, obesidade e tabagismo, devem ser rigidamente controlados, lembrando que nas mulheres eles têm maior repercussão que nos homens. Existem os fatores de risco cardiovascular próprios da mulher, como a síndrome dos ovários policísticos, endometriose, hipertensão da gravidez, pré-eclâmpsia, eclâmpsia, parto prematuro e bebê de baixo peso. Pacientes que apresentam quaisquer dessas alterações têm seu risco de infarto e AVC aumentado.

Os fatores de risco clássicos, como hipertensão, diabete, obesidade e tabagismo, devem ser rigidamente controlados, lembrando que nas mulheres eles têm maior repercussão que nos homens | Foto: Divulgação/IgesDF
“A síndrome dos ovários policísticos, a endometriose, alterações na tireoide, diabete gestacional e o parto prematuro estão diretamente ligados ao aumento do risco cardiovascular. O cardiologista precisa estar atento a esses fatores, pois eles impactam a saúde do coração da mulher ao longo da vida”, explica Alexandra Mesquita.
Outro grande problema é a demora no atendimento. Muitas mulheres priorizam suas tarefas diárias e retardam sua ida ao serviço médico. “Uma publicação europeia demonstrou que a mulher chega ao serviço médico cerca de 42 minutos após o início da dor, e já no serviço médico, pode ser atendida até 37 minutos após, pois sua dor pode não ser tão característica como a do homem: em aperto, irradiando para os braços, acompanhada de sudorese e náuseas. A mulher pode apresentar infarto sem dor mais que os homens; e, quando presente, a dor pode ser um desconforto torácico, uma dor no ombro nas costas ou no estômago”, destaca a médica.
Outro dado preocupante é que a intervenção médica ocorre com menor frequência em mulheres do que em homens, mesmo quando os diagnósticos são idênticos. O tempo perdido no atendimento pode significar a diferença entre a vida e a morte
“As mulheres infartam e, muitas vezes, nem percebem. Algumas são diagnosticadas erroneamente com crises de ansiedade e são liberadas sem um exame mais aprofundado. Isso aumenta significativamente o risco de morte”, alerta a especialista.
Outro dado preocupante é que a intervenção médica ocorre com menor frequência em mulheres do que em homens, mesmo quando os diagnósticos são idênticos. O tempo perdido no atendimento pode significar a diferença entre a vida e a morte. “Músculo é tempo, e tempo é músculo. Quanto mais demora para buscar atendimento, mais o coração sofre danos irreversíveis”, enfatiza a especialista.
Alexandra também destaca a necessidade de maior representação feminina em estudos científicos. “Por muito tempo, acreditava-se que apenas os homens infartavam. Hoje sabemos que as mulheres também estão em risco, mas os estudos ainda são majoritariamente masculinos, dificultando a criação de protocolos específicos para o público feminino”, lamenta.
No Mês da Mulher, o alerta é claro: prevenir é essencial. Monitorar a pressão arterial, manter uma alimentação saudável, praticar atividades físicas e buscar avaliação regular são passos fundamentais para reduzir os índices alarmantes de doenças cardiovasculares entre as mulheres. Afinal, a saúde do coração também é uma questão de gênero.
Compromisso
A segunda edição da Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho e Assédio (Sipat) do PO700 reforçou a prevenção de acidentes e assédio no ambiente profissional por meio de atividades dinâmicas e interativas. Realizado entre os dias 11 e 14 deste mês na unidade administrativa do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF), o evento teve como tema “Saúde e Movimento no Trabalho”.
O presidente da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Assédio (Cipa), Gilson Cosme, ressaltou que a Sipat vai além da prevenção de acidentes, promovendo o bem-estar e a qualidade de vida dos trabalhadores. “A Cipa não se resume apenas à prevenção de acidentes de trabalho, mas também ao cuidado integral com o colaborador. Promover debates, dinâmicas e palestras como essa fortalece a cultura da prevenção e mostra que a segurança no ambiente corporativo também está ligada à saúde e à qualidade de vida”, destacou Gilson.
Como parte da programação, a médica cardiologista Alexandra Oliveira ministrou, no dia 12, a palestra “Saúde da Mulher”. Durante sua apresentação, ela alertou sobre a prevenção de doenças cardiovasculares e a necessidade de atenção especial à saúde feminina, especialmente no ambiente de trabalho.
“É essencial que as mulheres tenham consciência de sua saúde e realizem exames regularmente. Pequenas mudanças no dia a dia podem fazer uma grande diferença na prevenção de doenças cardiovasculares e no bem-estar geral”, ressaltou a especialista.
A palestra fez parte das ações promovidas pela Cipa dentro da Sipat, que, na semana anterior, realizou uma série de atividades em comemoração à Semana da Mulher. Essas iniciativas estão alinhadas com os valores e metas do IgesDF, que prioriza a melhoria contínua dos processos e a valorização do bem-estar dos profissionais.
A vice-presidente da Cipa, Juliana von Sperling, reforçou o impacto positivo da Sipat na rotina dos colaboradores: “O evento tem sido um sucesso, e as ações realizadas fazem diferença no dia a dia dos colaboradores. Quanto mais conhecimento e prevenção trouxermos, melhor será o ambiente de trabalho”.
A colaboradora Janaína Picciani, que acompanhou a palestra, compartilhou sua experiência: “Foi uma palestra muito importante. Aprendi muito sobre como cuidar melhor da minha saúde e como pequenas atitudes podem impactar positivamente minha qualidade de vida”.
*Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF)
GDF / BRASÍLIA
Vencedor de ação do Hemocentro conhece o caminho do sangue até os hospitais
Published
1 dia agoon
26 de abril de 2025
Doar sangue é um gesto de solidariedade que pode salvar vidas, mas poucos conhecem os bastidores desse processo essencial. Nesta terça-feira (22), o enfermeiro Vinícius Alves, 28 anos, doador frequente e vencedor de uma ação promovida nas redes sociais da Fundação Hemocentro de Brasília, teve a oportunidade de vivenciar de perto o caminho que o sangue percorre após ser coletado.
O profissional de saúde participou de uma visita guiada exclusiva ao setor de Processamento e Distribuição de Hemocomponentes da instituição. “Eu sabia que não era simples, mas não fazia ideia da complexidade, do rastreio tão específico, desde qual profissional coletou, em qual máquina foi utilizada”, contou Vinícius.

Para ser um doador, é preciso ter entre 16 e 69 anos de idade, pesar mais de 51 kg e ter índice de massa corporal (IMC) igual ou maior a 18,5% | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília
Durante cerca de uma hora, Vinícius e a companheira Victoria Rocha, 28, que também é enfermeira, foram conduzidos em uma imersão técnica e informativa pelas etapas que garantem a qualidade e a segurança dos hemocomponentes distribuídos à rede pública e aos hospitais conveniados do Distrito Federal.
O tour começou com a observação do repouso das bolsas de sangue recém-coletadas e seguiu por etapas como a centrifugação – responsável por separar os componentes (hemácias, plasma, plaquetas e crioprecipitado) –, o rotulamento, os exames sorológicos e imunohematológicos, o armazenamento em câmaras frias ou congeladas e, por fim, a organização logística para atendimento das solicitações de sangue, inclusive em casos de urgência.
“Sou doador há mais de 10 anos, e é muito interessante conhecer, porque não fazia ideia que o prédio era tão grande, que tinha tantas áreas bem específicas, como aqui no subsolo. A gente fica focado na área do doador e não tem noção de toda a estrutura e dos profissionais envolvidos.”
Rigor técnico
Victoria também se impressionou com a estrutura e os cuidados envolvidos em cada etapa. “A gente já tinha essa noção de que não era simplesmente pegar o sangue e levar pro hospital, mas não sabia que era tão específico assim. São muitas fases para garantir que o sangue chegue com segurança ao paciente”, afirmou.

Vinicius e a esposa, Victória: ele doa sangue há 10 anos
Todo o processo é rigorosamente monitorado, com uso de códigos que garantem o anonimato dos doadores e o rastreamento das bolsas até o momento da transfusão. A visita também permitiu conhecer procedimentos específicos, como a irradiação de bolsas, necessária para determinados pacientes.
Para o diretor do setor, Fábio de França, a iniciativa de abrir as portas do Hemocentro para os doadores é essencial. “No imaginário de muitos, o processo parece simples, mas é bastante complexo. São muitos profissionais qualificados e dedicados, trabalhando para garantir a qualidade do hemocomponente que vai atender o paciente — que é a nossa razão de existir”, explicou.
O setor de Processamento e Distribuição conta com cerca de 20 profissionais por turno e funciona de forma contínua. “Convidar o doador para conhecer esse trabalho fortalece vínculos, valoriza o serviço público e incentiva o voluntariado. É uma excelente forma de fidelizar e multiplicar essa rede do bem.”
Doe sangue, salve vidas
Para ser um doador, é preciso ter entre 16 e 69 anos de idade, pesar mais de 51 kg e ter índice de massa corporal (IMC) igual ou maior a 18,5%. Menores de 18 anos só poderão doar acompanhados pelos respectivos pais ou responsáveis, enquanto idosos precisam ter realizado pelo menos uma doação de sangue antes dos 61 anos.
Além disso, é necessário que o candidato a doar tenha dormido pelo menos seis horas, com qualidade, na noite anterior. Não serão aceitas doações de sangue de pessoas que ingeriram bebida alcoólica 12 horas antes do procedimento ou que tenham fumado duas horas antes.
O candidato passa por avaliação de profissionais de saúde para verificar se está apto. Portanto, seja sincero ao responder às perguntas feitas durante a triagem e não omita informações importantes, pois disso depende a segurança do doador e do receptor.
Lembre-se: nada de jejum. É importante estar bem alimentado para doar sangue, assim como beber bastante água desde o dia anterior à doação.
O agendamento da doação de sangue é obrigatório e pode ser feito pelo site Agenda DF – Serviço de Agendamentos do Distrito Federal ou pelo telefone 160, opção 2. O Hemocentro de Brasília está localizado no Setor Médico Hospitalar Norte (início da W3 Norte), próximo ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e à Fepecs, e atende de segunda a sábado, das 7h15 às 18h.



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