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Deputados pedem explicação sobre livro “obsceno” em jardim de infância

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Deputado Thiago Manzoni (PL) encaminhou ofício à Secretaria de Educação solicitando que a pasta investigue e explique o uso do livro

Material cedido ao Metrópoles
Imagem colorida de material para pintura

O deputado distrital Thiago Manzoni (PL) encaminhou, nessa quinta-feira (28/9), um ofício à Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF), solicitando que a pasta explique e investigue as condutas dos profissionais envolvidos em material distribuído no Jardim de Infância da 302 Norte. Imagens relacionadas a conteúdos de nudez estão presentes em livros entregues para alunos de 4 anos da escola.

O material acabou revoltando alguns pais de estudantes. Segundo o relato dos responsáveis, a publicação não faz parte do material didático utilizado, mas foi entregue por um artista local durante a semana de arte.

Veja as imagens:

O texto também foi assinado pelos deputados Daniel de Castro (Progressistas), Paula Belmonte (Cidadania) e João Cardoso (Avante). “Vale ressaltar que o material foi distribuído em uma instituição que atende crianças de 4 a 6 anos, que por sua pouca idade não têm discernimento e carecem de proteção para evitar contato com conteúdo inapropriado para sua idade”, indicou o texto.

Reação dos pais

“Eu não acreditei quando eu vi aquelas imagens, sabe? Uma mulher com seios à mostra, em uma posição obscena. Para ser mais específico, em uma posição de quatro, no mundo adulto, né…? Eu achei uma cena muito forte para uma criança de 4 anos ter que pintar”, reclamou um dos pais. O homem preferiu não se identificar.

Para evitar o constrangimento, a família da criança pintou a imagem por cima: “É o deverzinho de casa dela. Então, a gente teve que pintar ali para tirar aquela imagem forte, para ela poder dar prosseguimento na tarefa de casa. Mas, mesmo assim, foi algo revoltante”.

De acordo com o pai, a escola contratou um artista e ele teria levado o material. “Ele fez um vídeo pedindo desculpa, que aquele não era o conteúdo correto. Aquele negócio vai de 1 a 10 etapas, ou seja, vai ter uma etapa que aquele material iria entrar para as crianças, seja de 5 ou 10 anos. Eu acho um material muito ofensivo para dar para uma criança pintar”, afirma.

Posicionamentos

Metrópoles procurou a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF) para que a pasta e escola pudessem emitir algum posicionamento sobre o ocorrido: “O órgão informa que adotará todas as providências pertinentes para verificar o ocorrido no Jardim de Infância de 302 Norte”.

“Famílias,
Como é de conhecimento de todos iniciamos nossa Semana de Arte na escola na segunda-feira com a presença do artista Toninho de Souza conversando com as crianças sobre sua biografia e sobre sua coleção “Melancias, Papagaios e Tucanos”, escolhida pelos professores para a releitura das telas pelas crianças. É de conhecimento de todos que o artista ao separar as revistinhas que levou para a escola para colorir, por um grave descuido, não acredito que tenha sido intencional 5 entre 170 revistinhas, vieram de uma coleção com obras inadequadas ao acesso das crianças. Assim que soubemos do ocorrido postamos mensagens nos grupos da escola pedindo que as famílias olhassem o conteúdo do material recebido e nos avisasse para que pudéssemos fazer a troca pela correta. Logo pela manhã entrei em contato com o artista que prontamente se manifestou no sentido de uma retratação e em seu vídeo, divulgado nos grupos da escola, confirma não ter parte de em projetos de sexualidade infantil nas escolas e diz exatamente o trabalho que foi convidado a fazer com as crianças. Coloquei-me a disposição dos pais que quisessem conversar e na terça-feira recebi alguns pais que puderam ser novamente ouvidos e de nossa parte pudemos também falar sobre o projeto, intencionalidade e nosso sentimento a respeito dos fatos. Soube em outro momento, que um grupo de pais (5) de uma das turmas do vespertino estava se mobilizando para tomar medidas enérgicas sobre o acontecido e cheguei inclusive a receber ameaças, de um deles, quanto as consequências ruins que respigarão sobre a minha pessoa. Já chegaram na plenária da Câmara dos Deputados com o discurso errôneo e distorcido do dep. Tiago Manzoni que atribui o fato a questões políticas e também a jornais e mídias. Caso queiram saber melhor o conteúdo, a internet está dando acesso a tudo. Não entendo onde querem chegar, mas acredito que já tenham ido longe demais em tornarem pública uma situação com fatos totalmente falsos. Tenho recebido apoio de várias instituições ligadas à educação no DF e de grande parte de nossa comunidade. Não acredito que famílias que estão presentes no nosso dia-a-dia possam fazer o julgamento que somos coniventes com a situação. Não pretendo mais me manifestar nos grupos da escola, mas continuo a disposição de qualquer pessoa que queira ser ouvida ou nos ouvir”.

Fonte: Metropoles

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